quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Esquema do texto 3: Damo

“Futebol e Estética”, Arlei Sander DAMO, São Paulo em Perspectiva, 15(3), 2001: 82-91

(82-84) i. Introdução: superação de certas perspectivas analíticas

(82) 0. Sobrevivência do gosto pelo futebol => ciências humanas repensam a sua importância

1. A crítica marxista: denunciar sem compreender

(82-3) 2. Perspectiva funcionalista (Elias e Dunning): caráter compensatório (excitação => saúde mental); problema: caráter universalizante, perdendo de vista as particularidades locais e as variações diacrônicas

(83) 3. Investidas metafóricas, significado imposto de fora para dentro; por ex: oposição entre pés (ordem mágica) x mãos (ordem racional); e como explicar a popularidade do futebol na Europa?

4. Pop-psicologismo: perdedores na vida => vencedores no esporte, mas no esporte também se perde e isto faz parte da experiência de atletas e de torcedores

versus

- especificidade do campo esportivo

- indagar por que gostamos de esportes

- a resposta de Gumbrecht: beleza, fenômeno estético, independentemente do resultado

(84) – A hipótese de Damo:

  1. O resultado importa sim
  2. Existem formas diferentes de pertencimento clubístico
  3. Jogo absorvente

(84-87) ii. O RITUAL DISJUNTIVO

(84) – Crítica à idealização romântica saudosista, fruto de uma memória construída em torno somente de bons momentos

(84-5) – Ritual conjuntivo (de certos povos, vide LST) x jogo disjuntivo

(85) – Imprevisibilidade

(86) – A importância da vitória

- O prazer estético invisível e a guerra mimética

(86-7) – O jogo produz uma realidade de ordem simbólica <=> ligada ao pertencimento clubístico

(87-88) iii. O PERTENCIMENTO CLUBÍSTICO

(87) – Amor ao clube: mola propulsora dos esportes coletivos

- Discussões => sociabilidade intensa

- Escolha do clube, parte da transformação do indivíduo em pessoa <=> redes (familiares, amizade e vizinhança)

(88) – Pertencimento clubístico = máscara social

- Torcer é uma forma de participação política

(88-90) iv. UM JOGO ABSORVENTE

(88) – A estrutura da briga-de-galos

(89) – Rivalidade

- Identidade clubística é contrastiva, caso extremo das torcidas organizadas

- O evento (isto é a partida e seu resultado e significado) <=> história, tradição e memória

(89-90) – Densidade = ritual disjuntivo + tradição

(90) v. ARREMATE

- Futebol não é mero negócio, mas também é negócio

- Caracteriza-se por uma justaposição entre

excesso: de significado (gol), de desperdício (de dinheiro) e desordem (festas, bebedeira, violência)

e

ordem : estrutura ritual, lógica de pertencimento e densidade dos embates

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